O livro que inclui o disco Rasgar, descreve a trajectória da prática do cavaquinho desde a actualidade até à informação mais remota e os momentos em que o instrumento se cruza com o próprio músico e compositor.
Este estudo, da autoria de Nuno Cristo, constitui a mais recente contribuição para um conhecimento actualizado do cavaquinho, nas diversas versões que foi assumindo desde o séc. XIX. Sem ser exaustivo, o texto cita pela primeira vez uma série de referências, revelando repertórios e contextos sociais relacionados com a prática do cavaquinho em Portugal em várias épocas e lugares. Igualmente pioneira é a publicação de imagens raras, algumas delas até agora desconhecidas do grande público.
De modo a dar acesso directo à comunidade internacional, (recordemos que a construção do cavaquinho já é Património Cultural Imaterial), o livro contém a sua versão em inglês, incluindo as obras de referência.
O álbum, prefaciado por Susana Sardo (Etnomusicóloga, Professora Catedrática da Universidade de Aveiro), com música e direcção musical de Júlio Pereira, conta com a participação de doze músicos e das vozes convidadas de Selma Uamusse e Luanda Cozetti, foi misturado com a inovadora tecnologia áudio DolbyAtmos.
Num dos três séculos abordados neste livro consta uma ilustração original de Pedro Sousa Pereira com a qual criámos uma gravura em cartão adequado 45x40cm.
Sobre Júlio Pereira
Júlio Pereira não precisa de apresentações… A atestar a sua experiência e o seu testemunho musical, referem-se a quase uma centena de discos em que interveio como instrumentista, orquestrador ou produtor. Não sem deixar de referir a importância da sua íntima ligação à carreira de José Afonso, a partir de finais dos anos 70, bem como a sua participação em trabalhos conjuntos com Pete Seeger, Kepa Junkera e The Chieftains.
A atestar o reconhecimento e consagração pela sua obra — ainda mais que os inúmeros prémios que recebeu —, não pode deixar de se referir a repercussão cultural do seu trabalho, nomeadamente na criação de escolas e instrumentistas, verificado em Portugal a partir dos anos 80.