ROD STEWART
inimitável
Cada vez se torna mais evidente que certos artistas ou grupos, quer nacionais, quer internacionais, são efectivamente à prova de bala, ou melhor dizendo, são como o vinho fino do Douro –“quanto mais velhos, melhores”; é o caso específico do britânico Rod Stewart, de ascendência escocesa e inglesa, cantor a quem há alguns anos atrás tornei feliz, quando tive o grande prazer e o supremo privilegio de lhe apresentar um dos seus ídolos futebolísticos de juventude -o meu querido e saudoso irmão moçambicano/benfiquista – o “king” Eusébio da Silva Ferreira, a quem os britânicos continuam a apelidar desde o célebre Mundial de 1966 de “pantera negra”!
Com efeito e apesar dos seus actuais setenta e sete anos de idade (!!!) Rod continua a dar cartas na música internacional mundial gravando quase sempre com uma periodicidade anual, conquistando assim as mais diversas tabelas de vendas e de popularidade e acima de tudo a esgotar estádios e pavilhões, isto antes da chegada da maldita -covid 19 que nos últimos tempos tem limitado tudo, mas que agora pelo menos em termos de espectáculos tende a quase normalizar-se mundialmente…
O ano passado, portanto ainda em pleno auge da pandemia, o artista resolveu presentear-nos com um novo disco de originais que acabou por ver a luz do dia nos finais do mesmo ano civil mesmo a tempo de marcar posição nas lojas e nas mais diversas rádios e tabelas de vendas mundiais na altura do celebrado e pandémico Natal, um trabalho de notável amplitude artística, como é usual na sua discografia anterior toda ela de altíssima qualidade vocal e instrumental, sendo no entanto o novo disco desta vez de grande empenho e labor pessoal tanto mais que o cantor de voz rouca, o saudável e furioso louco de futebol e incondicional adepto da selecção escocesa, se ocupou de uma multiplicidade de funções, especialmente da sempre especifica e difícil tarefa de composição; assim, não fez por menos e de uma totalidade de 12 composições do disco em nove delas o seu nome está umbilicalmente ligado ao conteúdo do projecto.
Cantando ainda extraordinariamente bem, aliás dentro daquela alta bitola a que quase sempre nos habituou, Rod resolveu não só encerrar o disco com “Touchline” um tema que ele dedica a seu pai, que afinal de contas foi o seu companheiro fiel de lides futebolísticas mas ainda arriscou trazer para um admirável projecto seu um belíssimo tema do grande e lendário “country man”- o americano Johnny Cash– “These are my people”, ao qual concede um cunho bem pessoal, moderno e emotivo.
Ostentando já nas vitrines os galardões respeitantes a mais de 250 milhões de discos vendidos no currículo, este é o quarto disco com canções originais de Rod desde 2013 e apesar da sua quase “proveta” idade, o cantor mantém verdadeiramente intactas as características vocais que o celebrizaram, continuando a passear a sua classe em territórios musicais tão diversos como a folk, o rock, a soul, a pop, as baladas ou o r&b.
Rod Stewart está de volta aos discos com um trabalho que ele próprio considera o seu melhor desde há vários anos e dentro em breve também aos concertos ao vivo um pouco por todo o mundo e ainda bem!
Pois então seja bem-vindo Sir Rod Stewart pois muita gente e eu próprio já tínhamos muitas saudades de o ouvir cantar!
CD Warner Music