Quem, calcorreando as ruas e vielas de Braga não se deparou com gente piedosa que, junto a umas alminhas, reza ou acende velas?
Quem, calcorreando as ruas e vielas de Braga não parou, por instantes, junto desses pequenos oratórios de caminho atraído pela ingenuidade da sua composição, uma simbiose perfeita entre a fé e a arte popular portuguesas?
Quem, calcorreando as ruas e vielas de Braga ao passar por umas alminhas não suspendeu o seu tempo na necessidade de uma pausa, de um conforto?
Ciente destas vivências, a Rusga de S. Vicente, consciente do valor patrimonial das al- minhas e da importância do legado das memórias e vivências cultuais a elas ligadas, velhas no tempo, dado recuarem ao século XVI, concebeu, em 2012, o Projeto Alminhas.
A Rusga, sentindo a necessidade de criar uma sensibilidade pública para o reconheci- mento do valor patrimonial das Alminhas e reconhecendo a premência da sua preservação material e imaterial lançou mãos à obra para a salvaguarda daquele património que, nos nossos dias corre sérios riscos de esquecimento e mesmo de destruição, quer pelo envelheci- mento das populações e consequente mudança das mentalidades, quer pela desertificação dos lugares, quer ainda pela modernização da rede estrutural viária.