MARTIM VICENTE
o futuro é já aqui!
Já se passaram mais de dez anos desde que a televisão, nomeadamente o programa de pesquisa de talentos -“Idolos”, da SIC, deu a conhecer um novo nome que hoje em dia começa, passo a passo, mas seguramente, a trilhar o seu próprio percurso alheio a modas e ditames que quase sempre condicionam ideias e talentos; falo de Martim Vicente que dono de uma voz aveludada, quente e bem timbrada lançou o ano passado o seu segundo disco de originais – “Coração” (o primeiro havia sido “Caminho” em 2016), onde a par de se revelar como um excelente interprete nos dá a conhecer as suas múltiplas capacidades de composição ao assinar nada menos de nove canções de sua autoria, sendo as outras duas restantes da autoria de Carolina Deslandes (“Somos metade”) e dos Xutos e Pontapés( “Ai se ele cai”), afinal duas das referencias do cantautor nacional.
Disco de certo modo intimista que fala das múltiplas variações do amor, de relações sentimentais, de sonhos e do dia-a-dia comum a todos os mortais, parece-me ser a perfeita rampa de lançamento de um artista que visa subir mais alto e mais além no panorama musical português tanto mais que assina um trabalho que evidencia certa maturidade já, revelando múltiplas qualidades tais como belos arranjos, sonoridade bem estruturada, excelente e eficaz produção; trata-se acima de tudo de um interprete que mais que uma revelação/promessa é na realidade já uma certeza da musica portuguesa; oxalá os media nacionais cumpram a sua missão com eficácia e deem a conhecer este verdadeiro manancial de criatividade artística divulgando convenientemente as belas composições que este projecto nos propõe.
Um disco que sabe a pouco e nos abre o apetite para futuros trabalhos de Martim Vicente, um nome a fixar! Já!
CD edição de autor