CHET BAKER
em edição de luxo
Constituiu-se como um dos mais fabulosos nomes do panorama jazzístico mundial quer como instrumentista, quer como cantor e o seu nome continua ainda agora, e passados mais de trinta anos volvidos sobre o seu desaparecimento, a ter o estatuto de artista mítico, de marco inesquecível e a ser considerado também como um dos mais icónicos e influentes nomes do jazz; com efeito, o norte-americano Chet Baker (1929-1988) nascido em Yale, Oklahoma marcou o panorama do jazz mundial de uma forma indelével e a influencia que ainda hoje exerce sobre muitos instrumentistas, especialmente aqueles que como ele faziam do trompete o seu instrumento de eleição, é inegável.
Musico e instrumentista dotado de rara sensibilidade, Chet Baker sempre se caracterizou por produzir uma sonoridade extraordinariamente pessoal, inconfundível e e impar e a atestar estas suas pessoais características está em evidencia toda a sua extensa discografia onde explanou uma intensa genialidade quer como compositor, quer como interprete com destaque para a obra “Chet Baker sings”, projecto que acaba de ser reeditado pela Distrijazz sob a forma de livro com CD, numa edição de luxo e em que o seu já venerado projecto discográfico surge contendo para além das composições que integravam a edição original, ainda como bónus nada menos de seis temas extra; por sua vez o livro com 80 páginas da autoria do famoso colaborador da BBC e da Penguin Guide to Jazz debruça-se em pormenor sobre esta icónica obra-prima do jazz e vem ilustrado não só com fotos clássicas, mas também com outras inéditas e outras extremamente raras, muitas da autoria de um trio de renomados fotógrafos tais como Jean-Pierre Leloir, Bob Willoughby e William Claxton sendo que esse mesmo texto literário contempla ainda um ensaio especialmente escrito por Riccardo del Fra, um famoso contabaixista que aqui aborda as suas experiencias pessoais quando tocou integrado em algumas das formações do mesmo Chet Baker!!!
A titulo de curiosidade e ao fim de tantos anos volvidos sobre a sua morte, esta continua envolta em grande e denso mistério pois é sabido que em 13 de Maio de 1988 o músico caiu (ou precipitou-se?) de uma das janelas do hotel Prins Hendrik em que estava hospedado em Amesterdão; sabendo-se da sua intensa e intima ligação ao mundo das drogas ( anos antes em São Paulo, Brasil esteve mesmo quase a bater as botas com uma overdose de heroína) é hoje em dia ainda muito difícil avaliar se se tratou de um acidente casual quando caiu da janela do hotel ou se o músico pura e simplesmente se suicidou, precipitando-se dela abaixo…
Assim, estupidamente desaparecido do nosso convívio, resta-nos a sua brilhante e memorável obra discográfica ao alcance de todos para geral deleite, audição e acima de tudo para confirmação da intensa qualidade, virtuosismo, sensibilidade e criatividade de um portentoso e multifacetado instrumentista (trompetista/ vocalista/ pianista / percussionista ) que afinal de contas acabou por se constituir como um verdadeiro “monstro” do jazz!!!
Livro/CD jazz images/Distrijazz