O seu percurso a solo começou com um desafio que chegou da Galiza, quando lhe pediram que mostrasse as sonoridades dos cordofones tradicionais. O convite foi aceite de imediato e proporcionou vários concertos do músico bracarense naquela região autónoma de Espanha, com destaque para aquele que decorreu no Teatro Rosalía de Castro, na Corunha. Quase em simultâneo, recebeu um convite de Júlio Pereira para fazer um trabalho discográfico que aliasse o Canto com o Cavaquinho, com a chancela da Associação Museu Cavaquinho.
Num primeiro momento, em trio, com o projeto Cordofonias, explorou as sonoridades dos instrumentos ancestrais da tradição minhota. Pegou no cavaquinho, na braguesa, ou no bandolim, e fez uma intensa viagem sonora pela tradição oral, nas músicas cantadas. Mas esse trajeto ganhou forma, também, nos instrumentais que compôs.
É de toda esta amálgama de experiências e vivências que surge, agora, o concerto de apresentação do álbum “Cavaquinho Cantado”, que vai ter lugar no Theatro Circo, em Braga, no dia 14 de janeiro de 2017, às 21h30.
Ao lado de Daniel Pereira, vão estar Diogo Riço, na Bandola, André NO, nas Percussões, e David Estêvão, no Contrabaixo. Juntam-se ainda Catarina Valadas, na Voz e Flauta Transversal, e André Ramos, na Viola Braguesa entre outros.
O concerto caracteriza-se pela alegria da junção de dois velhos conhecidos: o canto e o cavaquinho. São, afinal, as duas personagens centrais de uma nova e contemporânea abordagem da Música Étnica do Noroeste Português e Peninsular, como Daniel Pereira gosta de chamar-lhe. A produção musical do espetáculo é do técnico e multi-instrumentista Hélder Costa, com Sérgio Lajas no desenho de luz.
Com o álbum “Cavaquinho Cantado”, Daniel Pereira procura também atingir um outro objetivo: colocar a cidade de Braga e a sua música no roteiro mundial das Músicas do Mundo